Sabia que cães e gatos vira-latas possuem um dia exclusivamente para eles?
O dia 31/07 foi o escolhido aqui no Brasil para celebrarmos o Dia do SRD (sem raça definida) ou também, como é conhecido, o Dia do Vira-Lata, termos designados para os cachorros e gatos que são fruto da mistura de diferentes raças e, por isso, não possuem uma definida.
Uma das maiores motivações para a criação dessa data foi a ideia de conscientizar a população sobre o abandono de animais, mas, principalmente, alertar sobre o crescente número de cães e gatos sem raça definida que estão em busca de um lar.
Durante a pandemia de Covid-19, apesar do número de adoções ter crescido, vimos, gradativamente, o número de abandonos aumentar, em média, 60%. Alguns dos principais motivos que podem levar a essa decisão são: mudanças na rotina do tutor, falta de tempo, problemas comportamentais do animal e questões econômicas.
Só aqui no Brasil, dados da OMS, a Organização Mundial da Saúde, indicam que existem, ao menos, 30 milhões de animais abandonados, sendo eles 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães, aproximadamente.
Vivendo nas ruas, os animais ficam mais vulneráveis a maus-tratos, atropelamentos, brigas com outros animais e doenças. Além do grande sofrimento provocado pelo abandono, cães e gatos também têm sua qualidade de vida totalmente afetada, já que estavam acostumados com determinada rotina e, de uma hora pra outra, se encontram numa realidade muito diferente.
Nesse cenário, o papel das ONGs de animais se mostra cada vez mais necessário e importante, afinal, são elas as responsáveis pela maioria dos resgates de animais que vivem nas ruas, acolhendo e garantindo que eles recebam todos os cuidados necessários até serem adotados por pessoas que possam oferecer a proteção, amor e segurança que precisam.
Veja como foi a 9ª edição do Mutirão do Bem, quando visitamos a ONG Adote um Bichinho
De forma geral, como não recebem qualquer tipo de apoio governamental, o trabalho das ONGs só é possível porque, além da dedicação de seus voluntários, eles também contam com doações, seja através de dinheiro ou do recebimento de produtos como medicamentos, alimentos e itens de higiene, por exemplo.
Infelizmente, também como resultado das consequências da pandemia, enquanto o número de abandonos cresceu, gerando a superlotação de muitas instituições, o número de doações caiu consideravelmente, dificultando ainda mais o trabalho das ONGs, que agora contam com menos recursos para continuar atuando.
Entretanto, existe também uma outra alternativa que pode fazer toda a diferença na vida de um animal abandonado: a adoção. Além de ser um recomeço pro animal, que ganha uma nova oportunidade de vida, com certeza também é pra quem escolhe adotar, que terá sua existência transformada.
Além de um ato de amor, é sempre bom lembrar que a adoção também deve ser um ato responsável, feito de forma consciente e levando diversos fatores em consideração, como o tempo a ser disponibilizado para o animal, os gastos mensais e os cuidados veterinários necessários, as mudanças no dia a dia e o tempo de adaptação.
O que você precisa levar em consideração antes de adotar
Se, por qualquer motivo, o tutor não puder mais manter o animal, abandonar não é a solução: ele deve buscar um novo lar que possa receber seu cachorro ou gato e cuidar dele da melhor maneira possível.
Você tem uma história com um SRD? Compartilhe com a gente, vamos adorar conhecer!
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Texto por Giovanna Martinez